Quando você pensa em reduzir a sua conta de luz, qual a primeira ideia que vem em mente?
Provavelmente alguma dica para diminuir seu consumo elétrico, não é mesmo?
E se eu te disser que já é possível a qualquer pessoa no Brasil reduzir a sua conta de luz pela metade, ou mesmo em até 95%, sem precisar sacrificar o seu conforto ou da sua família?
É isso mesmo!
Através da tecnologia das placas fotovoltaicas, que convertem a luz do sol em energia elétrica, qualquer pessoa ou empresa pode gerar a sua própria energia e obter essa redução na conta por mais de 25 anos.
A solução é tão viável que em apenas 7 anos já engloba um público de aproximadamente 93 mil brasileiros que se libertaram dos altos preços da energia vinda de suas distribuidoras.
E o crescimento está só começando. Até 2024, serão mais de 886 mil consumidores com geradores solares próprios.
Como essa tecnologia funciona? Quais são as regras para quem gera a sua energia?
São as respostas para essas perguntas que eu te darei neste artigo.
Confira abaixo tudo sobre a tecnologia solar fotovoltaica e quais os 3 simples passos para você instalar seu sistema e começar a reduzir a sua conta de luz.
Geração distribuída e o início dos “prosumidores”
Tudo começou em 2012, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) regulamentou o segmento de geração distribuída de energia elétrica, conhecido como GD, através de sua Resolução Normativa 482.
Neste segmento, qualquer pessoa física (CPF) ou jurídica (CNPJ) pode instalar um micro ou minigerador próprio para produzir a energia que consome.
Nas atuais regras da ANEEL, microgeradores podem ter até 75 Kilowatts (kW) de potência, enquanto minigeradores podem chegar a 5 Megawatts (MW), dependendo da fonte que os movem.
Falando em fontes de energia, embora a luz solar domine o segmento de geração distribuída desde a sua criação, ela não é a única das fontes renováveis incentivadas pela ANEEL.
São elas:
- Solar fotovoltaica
- Eólica
- Biomassa
- Hidráulica
- Ou cogeração qualificada (geradores híbridos movidos por duas ou mais dessas fontes).
Uma vez que mais de uma dessas fontes de energia renováveis são intermitentes, ou seja, que não se fazem disponíveis de forma contínua, criou-se o chamado sistema de compensação de energia elétrica.
Neste, toda a energia que um morador residencial ou comercial produza e que não tenha consumido, é injetada na rede da distribuidora, que utiliza ela para outros fins e a devolve ao consumidor na forma de créditos energéticos.
Lembra que te falei que essas fontes são intermitentes?
Então, quando elas não estão disponíveis e o gerador não está funcionando, o morador precisa consumir a energia da rede da mesma forma que fazia antes de instalar seu gerador.
A diferença é que agora ele tem créditos com a distribuidora, que serão usados exatamente para abater dessa energia que consumiu.
Como os geradores são projetados para produzir toda a energia consumida na casa ou empresa do morador, ele sempre terá créditos para abater tudo o que consumiu da rede no final do mês.
É dessa forma que é possível zerar o consumo de energia da distribuidora, obtendo uma redução de até 95% na conta de luz no final do mês.
Lembrando que, a taxa de disponibilidade da rede, cobrada de todos os imóveis ligados ao poste e utilizada para a manutenção da rede, ainda precisa ser paga. Razão pela qual a fatura de energia, em si, não zera.
Sistemas fotovoltaicos: como funciona a energia solar
Se você mora em grandes cidades ou mesmo se está no campo, talvez já tenha notado aquelas placas retangulares de cor azul ou preta sobre algum telhado vizinho.
Pois muito provavelmente se tratam das já populares placas solares fotovoltaicas, um dos equipamentos mais importantes dos chamados sistemas fotovoltaicos conectados à rede, ou On-grid, na terminologia em inglês.
Cada uma dessas placas é composta de dezenas de células solares fotovoltaicas, que convertem a luz solar recebida em energia elétrica através de uma adaptação do fenômeno fotovoltaico, descoberto em 1839.
Um conjunto de placas solares compõem o chamado painel solar, que varia de tamanho conforme a necessidade energética de cada imóvel. Uma pequena casa, por exemplo, necessita normalmente de apenas oito ou dez placas.
Mas não é de apenas placas solares que um sistema fotovoltaico é feito, um outro e ainda mais importante de seus equipamentos é o É ele quem recebe a energia gerada pelo painel e a adapta para ser usada no imóvel, formatando-a ao padrão elétrico que utilizamos em nossas tomadas.
Cabe ao inversor, também, exportar a energia não consumida para a rede elétrica e puxar a dela quando o sistema não está produzindo energia suficiente, como por exemplo durante à noite.
Confira na rápida animação abaixo como é que funciona um sistema fotovoltaico conectado à rede:
Kit de Energia Solar: Equipamentos Para Gerar Energia Solar
Embora tenha falado sobre o painel solar e o inversor interativo, eles não são os únicos componentes de um sistema fotovoltaico e não compõem o chamado kit solar.
Um kit solar, portanto, é o conjunto de equipamentos fotovoltaicos necessários para que se consiga produzir energia solar em uma casa ou empresa.
Um kit de energia solar residencial ou empresarial deverá conter mais de um dos equipamentos listados abaixo:
- Painel Solar Fotovoltaico: é o conjunto de módulos fotovoltaicos que captam a luz do sol e converte ela em energia através de suas células fotovoltaicas. Os módulos à venda no mercado são compostos de 60 ou 72 células cada.
- Inversor Fotovoltaico Interativo: é o “cérebro” de um sistema fotovoltaico e também considerado o seu principal equipamento, pois converte a energia gerada pelas placas no tipo de energia que consumimos de nossas tomadas (de corrente contínua para corrente alternada) e também responde por alocar a energia não consumida na hora.
- Caixa de Junção / String box: conjunto de componentes para proteção dos módulos contra surtos de redes e demais danos elétricos, como também a chave de acesso para desligamento do sistema no caso de reparo.
- Estruturas de suporte e ancoragem: são os trilhos e demais componentes necessários para fixar os módulos sobre o telhado, ou, caso forem ficar sobre o solo, as estruturas de suporte com a altura adequada.
- Cabeamento: todo o conjunto de cabos e conectores para fazer a ligação elétrica entre os equipamentos do kit de energia solar fotovoltaica.
Sistemas fotovoltaicos isolados
Existem também os sistemas fotovoltaicos isolados da rede elétrica, ou off grid, como são chamados em inglês, que utilizam ainda os seguintes equipamentos:
- Banco de baterias: como os sistemas só geram energia durante o dia, essas baterias são abastecidas durante as horas de sol e à noite, quando o sistema não tem geração, elas suprem o consumo.
- Controlador de carga: equipamento que gerencia o carregamento das baterias, alimentando estas da melhor forma e evitando desperdícios e sobrecargas.
Essa é a forma de se livrar definitivamente da distribuidora de energia, mas, é só para quem pode esbanjar.
A questão é que a tecnologia das baterias solares disponíveis aqui no Brasil é arcaica em comparação a dos sistemas fotovoltaicos, com um terço de sua vida útil.
Enquanto um painel solar dura mais de 25 anos produzindo energia, um conjunto dessas baterias é capaz de armazenar energia por no máximo 7 anos, sem contar o seu preço bem salgado.
É por essa razão que os sistemas isolados nem se comparam em número aos sistemas conectados à rede aqui no Brasil, sendo mais de 93 mil deles segundos os últimos dados da ANEEL.
Energia Solar: vantagens
Até aqui eu te mostrei todo o funcionamento dos sistemas fotovoltaicos e como eles são uma solução viável para produzir energia solar para a sua casa ou empresa.
Mas quais são as vantagens nisso? Porque gerar energia solar e não continuar consumindo a energia da rede elétrica?
Confira abaixo algumas das principais vantagens em se gerar energia solar:
- Economia de até 95% na conta de luz;
- Proteção contra a inflação energética;
- Vida útil do painel solar acima de 25 anos;
- Pouca manutenção durante sua vida útil;
- Rápido retorno sobre o investimento (ROI – média de 5 anos);
- Geração 100% limpa e silenciosa;
- Valorização do imóvel.
Como reduzir a conta de luz pela metade com energia solar: Os 3 simples passos
Agora que você conhece o funcionamento da tecnologia, veja quais são os 3 simples passos que você precisa tomar para adquirir seu sistema e começar a produzir a sua energia solar:
Simulação do seu sistema
Como a quantidade de energia que cada pessoa ou família consomem varia entre si, os sistemas devem ser projetados e instalados especificamente para cada um.
O primeiro passo para você adquirir seu sistema de energia solar então, é conseguir estimar o tamanho do gerador que você irá precisar para a sua casa ou empresa.
Embora o seu consumo elétrico e a tarifa de energia possam ser conhecidos através da sua fatura de energia, outros fatores mais específicos são considerados para esse cálculo, como média de radiação solar local, entre outros.
Por meio de uma calculadora solar, entretanto, é possível a você estimar com grande precisão o tamanho e potência do seu sistema, além da economia que poderá obter com a energia solar.
Pelo botão abaixo você tem acesso imediato ao simulador solar da Blue Sol, a melhor e mais assertiva ferramenta do mercado para estimativas de custo de energia solar.
Com apenas algumas informações você consegue receber na hora, a estimativa de custo e tamanho de um sistema capaz de atender o seu consumo elétrico, confira:
Orçamento do seu sistema
Agora que você já estimou o tamanho do seu sistema e o quanto poderá economizar com ele, é hora de dar o próximo passo e solicitar orçamento do seu projeto de energia solar residencial ou empresarial junto a uma empresa de energia solar.
Em contato com a equipe comercial e técnica da empresa, você poderá sanar todas as dúvidas que tiver em relação ao sistema, conhecer as marcas e modelos dos equipamentos comercializados e negociar as formas de pagamento e opções de financiamento.
Com a proposta fechada, a empresa dará seguimento no processo, realizando a visita técnica ao local para a coleta das informações necessárias, e dando início a realização do projeto executivo e futura instalação do seu sistema, assim como a entrada na documentação para solicitação de acesso junto à rede da distribuidora.
Instalação e conexão do seu sistema
Após finalizar o projeto do sistema e com todos os equipamentos já entregues no local, o último passo para a sua economia é a instalação e conexão do seu sistema junto à rede da distribuidora.
O processo de instalação de energia solar começa com a fixação do trilho de sustentação e dos módulos no telhado, quando se agrupa o conjunto de placas para a formação do painel solar.
Feito isso, segue então a instalação do inversor fotovoltaico no local já pré-definido no projeto, sendo que este equipamento deve ficar em local protegido e de fácil acesso, como uma garagem coberta, por exemplo.
Concluída toda a instalação mecânica e elétrica do sistema, que normalmente leva entre 3 a 4 dias para um sistema residencial, caberá então a distribuidora realizar a vistoria do sistema e, estando tudo de acordo com o projeto apresentado, realizar a conexão do sistema e a troca do relógio pelo modelo bidirecional.
E pronto! Com o seu sistema conectado e funcionando, agora é só aproveitar e consumir a sua energia com a tranquilidade de quem sabe que não irá receber uma alta conta de luz no final do mês.
Fonte: Blog BlueSol